“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ENTREVISTA COM PAULO NETO

Meus prezados amigos, nesta quarta-feira 02/11/2016, estarei levando ao ar com muita alegria a entrevista que nos foi concedida pelo conceituado escritor,  pesquisador, e palestrante  espírita, Paulo Neto.
Paulo Neto nos brindou com suas opiniões sempre sinceras, inteligentes, e com sua simpatia de sempre.
Não percam!
Obrigado Paulo Neto, pela disposição em nos atender.
Um fraterno abraço.
 
Francisco Rebouças

domingo, 30 de outubro de 2016

ALÉM

Augusto dos Anjos
Não te engane o pavor do campo escuro,
-Gênios da morte entoando horrendas árias,
Urnas de pedra e lousas solitárias,
Cheias de vocação para o monturo...


Somente esbarras no sinistro muro,
Onde os corpos dos cresos e dos parias,
Em desagregações igualitárias,
Colhem transformações para o futuro.


Além do vaso informe e descomposto,
Em que toda vaidade paga imposto
Desfazendo-se, inerme, fibra a fibra.


Eis que a Eterna Verdade se descerra:
-A vida continua além da Terra,
O espírito liberto canta e vibra...


Livro: Veredas de Luz
Chico Xavier/Espíritos Diversos

Francisco Rebouças

Livro Vida Feliz

XXXI

Torna-te pacificador.

Onde te encontres, estimula a paz e vive em paz.

Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos contornados, se os homens mantivessem o espírito de boa vontade, uns para com os outros.

Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamas de ódio.

Confia na força da não violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti.
 
Livro: Vida Feliz
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
 
Francisco Rebouças

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

ANTE O SUICÍDIO

Emmanuel

 Se a ideia do suicídio alguma vez te visita o pensamento, reflete no infortúnio de alguém que haja tentado inutilmente destruir a si mesmo, quando pela própria imortalidade, está claramente incapaz de morrer.
Na hipótese de haver arremessado um projétil sobre si, ingerido esse ou aquele veneno, recusado a vida pelo enforcamento ou procurado extinguir as próprias forças orgânicas por outros meios, indubitavelmente arrastará consigo as consequências desse ato, a se lhe configurarem no próprio ser, na forma dos chamados complexos de culpa.

Entendendo-se que a morte do corpo denso é semelhante a um sono profundo, de que a pessoa ressurgirá sempre, é natural que esse alguém penetre no Mundo Maior, na condição de vítima de si mesmo.

Não nos é lícito esquecer que os suicidas, na Espiritualidade, não são órfãos da Misericórdia Divina, e, por isso mesmo, inúmeros benfeitores lhes propiciam o socorro possível.
Entretanto, benfeitor algum consegue eximi-los, de imediato, do tratamento de recuperação que, na maioria das vezes, lhes custará longo tempo.

Ponderando quanto ao realismo do assunto, por maiores se te façam as dificuldades do caminho, confia em Deus que, em te criando a vida, saberá defender-te e amparar-te nos momentos difíceis.

Observa que não existem provações sem causa e, em razão disso, seja onde for, estejamos preparados para facear os resultados de nossas próprias ações do presente ou do passado, em nos referindo às existências anteriores.

Cientes de que não existem problemas sem solução, por mais pesada a carga de sofrimento, em que te vejas, segue à frente, trabalhando e  servindo, lançando um olhar par a retaguarda, de modo a verificar quantas  criaturas existem carregando fardos de tribulações muito maiores e mais  constrangedores do que os nossos.

O melhor meio de nos premunirmos na Terra contra o suicídio, será sempre o de nos conservarmos no trabalho que a vida nos confia, porque o  trabalho, invariavelmente dissolve quaisquer sombras que nos envolva a  mente.
E, por fim, consideremos, nas piores situações em que nos sintamos, que Deus, cujo infinito amor nos sustentou até ontem, embora os nossos erros, em nos assinalando os propósitos de regeneração e melhoria, nos sustentará também hoje.

Do livro: Amigo - Psicografia: Francisco Cândido Xavier. - Pelo espírito: Emmanuel.

Francisco Rebouças

Ajudemos a vida mental

“E  seguia-o  uma  grande  multidão  da  Galiléia,  de  Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e de além do Jordão.”  – (Mateus, 4:25.) 

A multidão continua seguindo Jesus na ânsia de encontrá-lo, mobilizando todos os recursos ao seu alcance. 
Procede  de  todos  os  lugares,  sequiosa  de  conforto  e revelação. 
Inútil a interferência de quantos se interpõe entre ela e o Senhor, porque, de século a século, a busca e a esperança se intensificam. 
Não nos esqueçamos, pois, de que abençoada será sempre toda colaboração que pudermos prestar ao povo, em nossa condição de aprendizes. 
Ninguém precisa ser estadista ou administrador para ajudá-lo a engrandecer-se. 
Boa-vontade e cooperação representam as duas colunas mestras no edifício da fraternidade humana. E contribuir para que a coletividade  aprenda  a  pensar  na  extensão  do  bem  é  colaborar para  que  se  efetive  a  sintonia  da  mente  terrestre  com  a  Mente Divina. 
Descerra-se  à  nossa  frente  precioso  programa  nesse  particular. 
Alfabetização. 
Leitura edificante. 
Palestra educativa. 
Exemplo contagiante na prática da bondade simples. 
Divulgação de páginas consoladoras e instrutivas. 
Exercício da meditação. 
Seja  a  nossa  tarefa  primordial  o  despertamento  dos  valores íntimos e pessoais. 
Auxiliemos  o  companheiro  a  produzir  quanto  possa  dar  de melhor  ao  progresso  comum,  no  plano,  no  ideal  e  na  atividade em que se encontra. 
Orientar o pensamento, esclarecê-lo e sublimá-lo é  garantir a redenção do mundo, descortinando novos e ricos horizontes para nós mesmos. 
Ajudemos  a  vida  mental  da  multidão  e  o  povo  conosco encontrará Jesus, mais facilmente, para a vitória da Vida Eterna. 

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A carne é fraca

Há tendências viciosas que são evidentemente próprias do Espírito, porque se apegam mais ao moral do que ao físico; outras parecem antes dependentes do organismo, e, por esse motivo, menos responsáveis são julgados os que as possuem: consideram-se como tais as disposições à cólera, à preguiça, à sensualidade, etc.

Hoje, está plenamente reconhecido pelos filósofos espiritualistas que os órgãos cerebrais correspondentes a diversas aptidões devem o seu desenvolvimento à atividade do Espírito. Assim, esse desenvolvimento é um efeito e não uma causa. Um homem não é músico porque tenha a bossa da música, mas possui essa tendência porque o seu Espírito é musical. Se a atividade do Espírito reage sobre o cérebro, deve também reagir sobre as outras partes do organismo.

O Espírito é deste modo, o artista do próprio corpo, por ele talhado, por assim dizer, à feição das suas necessidades e à manifestação das suas tendências.
Desta forma a perfeição corporal das raças adiantadas deixa de ser produto de criações distintas para ser o resultado do trabalho espiritual, que aperfeiçoa o invólucro material à medida que as faculdades aumentam.

Por uma conseqüência natural deste principio, as disposições morais do Espírito devem modificar as qualidades do sangue, dar-lhe maior ou menor atividade, provocar uma secreção mais ou menos abundante de bílis ou de quaisquer outros fluidos. É assim, por exemplo, que ao glutão enche-se-lhe a boca de saliva diante dum prato apetitoso.

Certo é que a iguaria não pode excitar o órgão do paladar, uma vez que com ele não tem contacto; é, pois, o Espírito, cuja sensibilidade é despertada, que atua sobre aquele órgão pelo pensamento, enquanto que outra pessoa permanecerá indiferente à vista do mesmo acepipe. É ainda por este motivo que a pessoa sensível facilmente verte lágrimas. Não é, porém, a abundância destas que dá sensibilidade ao Espírito, mas precisamente a sensibilidade deste que provoca a secreção abundante das lágrimas.

Sob o império da sensibilidade, o organismo condiciona-se (1) à disposição normal do Espírito, do mesmo modo por que se condiciona à disposição do Espírito glutão.

Seguindo esta ordem de idéias, compreende-se que um Espírito irascível deve encaminhar-se para estimular um temperamento bilioso, do que resulta não ser um homem colérico por bilioso, mas bilioso por colérico. O mesmo se dá em relação a todas as outras disposições instintivas: um Espírito indolente e fraco deixará o organismo em estado de atonia relativo ao seu caráter, ao passo que, ativo e enérgico, dará ao sangue como aos nervos qualidades perfeitamente opostas. A ação do Espírito sobre o físico é tão evidente que não raro vemos graves desordens orgânicas sobrevirem a violentas comoções morais.

A expressão vulgar: - A emoção transtornou-lhe o sangue - não é tão destituída de sentido quanto se poderia supor. Ora, que poderia transtornar o sangue senão as disposições morais do Espírito?
Pode admitir-se por conseguinte, ao menos em parte, que o temperamento é determinado pela natureza do Espírito, que é causa e não efeito.
E nós dizemos em parte, porque há casos em que o físico influi evidentemente sobre o moral, tais como quando um estado mórbido ou anormal é determinado por causa externa, acidental, independente do Espírito, como sejam a temperatura, o clima, os defeitos físicos congênitos, uma doença passageira, etc.

O moral do Espírito pode, nesses casos, ser afetado em suas manifestações pelo estado patológico, sem que a sua natureza intrínseca seja modificada. Escusar-se de seus erros por fraqueza da carne não passa de sofisma para escapar a responsabilidades.

A carne só é fraca porque o Espírito é fraco, o que inverte a questão deixando àquele a responsabilidade de todos os seus atos. A carne, destituída de pensamento e vontade, não pode prevalecer jamais sobre o Espírito, que é o ser pensante e de vontade própria.

O Espírito é quem dá à carne as qualidades correspondentes ao seu instinto, tal como o artista que imprime à obra material o cunho do seu gênio. Libertado dos instintos da bestialidade, elabora um corpo que não é mais um tirano de sua aspiração, para espiritualidade do seu ser, e é quando o homem passa a comer para viver e não mais vive para comer.

A responsabilidade moral dos atos da vida fica, portanto, intacta; mas a razão nos diz que as conseqüências dessa responsabilidade devem ser proporcionais ao desenvolvimento intelectual do Espírito. Assim, quanto mais esclarecido for este, menos desculpável se torna, uma vez que com a inteligência e o senso moral nascem as noções do bem e do mal, do justo e do injusto.

Esta lei explica o insucesso da Medicina em certos casos. Desde que o temperamento é um efeito e não uma causa, todo o esforço para modificá-lo se nulifica ante as disposições morais do Espírito, opondo-lhe uma resistência inconsciente que neutraliza a ação terapêutica. Por conseguinte, sobre a causa primordial é que se deve atuar.

Dai, se puderdes, coragem ao poltrão, e vereis para logo cessados os efeitos fisiológicos do medo. Isto prova ainda uma vez a necessidade, para a arte de curar, de levar em conta a influência espiritual sobre os organismos.

(1) O autor escreveu s'est approprié (p. 93, 4ª edição, Paris, 1869), à falta, na época, de verbo mais específico à perfeita tradução da idéia. Nota da Editora (FEB), em 1973.

1-(Revue Spirite, março de 1869, pág. 65.)

2-Livro: O Céu e o Inferno – As penas Futuras – Cap. VII.

Francisco Rebouças

Vida Feliz

XXX

Qualquer vício escraviza e mata.

Não te vincules aos chamados "aperitivos sociais", que dão margem a lamentáveis processos de alcoolismo, nem a dotes a posição de fumante, por parecer-te uma postura distinta e de elegância, mas que conduz às algemas do tabagismo assassino.

Jogo, sexo, gula, anedotário servil, para citar somente alguns, iniciam-se em pequenas doses, para culminarem cárcere moral quando não em penitenciária comum.

Uma vida sadia torna-se ditosa e prolongada, a benefício daquele que assim a preserva.

Livro: Vida Feliz
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis

Francisco Rebouças

Grupo de Estudo da Doutrina Espírita

sábado, 22 de outubro de 2016

Ultrapassamos a marca das 148.000 visitas!!

Incrível gente, 148.000!
Mais uma marca batida!!! Meus amigos, é com alegria que festejamos mais uma marca batida pelo nosso contador de visitas, que regista a participação de todos vocês para que pudéssemos atingir essa impressionante marca de  148.000 visitas ao nosso Blog Espírita.
Repartimos esse momento de alegria com todos vocês nossos queridos amigos.
Aproveitamos para agradecer a Deus nosso Pai e criador, a Jesus nosso mestre e Guia os Amigos Espirituais, e a vocês queridos amigos, pelo êxito obtido até aqui com este modesto trabalho de divulgação da doutrina espírita, que fazemos com todo respeito e fidelidade aos princípios de nossa doutrina, e sabemos que é justamente por isso que temos a honra da companhia de vocês nossos amigos diariamente.
Seguiremos com todo prazer e alegria, honrando o compromisso assumido quando da criação deste trabalho, de realizá-lo sempre alicerçado pela codificação espírita sem achismos ou modismos desnecessários e condenáveis sob todos os aspectos.
São vocês amigos queridos, o nosso maior patrimônio, e a companhia de vocês representa o combustível que nos motiva a trabalhar com a felicidade e a certeza de quem não está sozinho!!!

Que Jesus nosso Mestre e Guia nos mantenha unidos e operosos, sob sua divina inspiração, hoje e sempre!
Nosso coração feliz agradece a todos vocês!!!
Muita PAZ!

Francisco Rebouças

DEUS NOSSO PAI

Batuíra 

Honrar nosso pai é honrar também a Deus. O nosso Pai de Infinita Bondade. 

No instituto doméstico, os filhos amadurecidos na experiência honorificam os pais, através das obrigações executadas no lar. 

Na residência planetária, os filhos de Deus, edificados na compreensão de Suas Leis, dignificam o Todo-Misericordioso por intermédio dos deveres retamente cumpridos, diante da humanidade nos caminhos do mundo. 

Amamos a Deus na pessoa do próximo. 

Comecemos o exercício dessa abnegação que nos proporcionará o necessário acesso à Luz Divina. 

Fomos  feridos  nas  tarefas  cotidianas?  Saibamos  esquecer  as  ofensas  do  companheiro que ainda ignora as conseqüências do mal. 

Golpes de injúria desceram sobre nós, procurando exterminar-nos a esperança e a coragem? 

Entendamos a inexperiência daqueles que desconhecem a força da sobra que desencadeiam para si mesmos e continuemos a colaborar no levantamento do bem de todos. 

Quem vem lá, faminto ou desesperado, tentando encontrar socorro e consolação? 

Pausemos para servir porque é nosso familiar que nos bate à porta, suplicando asilo e compreensão. 

Que pensar do infeliz que passa na via pública enxovalhado por sarcasmo e condenação? 

Nenhuma dúvida paira em nosso espírito quanto ao imperativo de entendê-lo e auxiliá-lo porquanto ele é nosso irmão pela Paternidade Divina e espera por nosso devotamento. 

Deus, o Senhor Supremo da Vida, o Pai que nos recebe diariamente os protestos de fidelidade e de amor conta em verdade conosco e em verdade precisa de nós. 

Espera confiantemente sejamos o amparo aos desajustados, a fortaleza dos fracos, a energia dos fatigados, a benção dos que foram lançados à solidão. 

Deus necessita de nós e deseja recebermos a cooperação ainda que humilde. 

Envia-nos os necessitados de toda espécie e de todas as procedências para que Lhe representemos a Providência Divina. 

Em toda parte, é possível receber esse mandato sublime e desempenhá-lo. 

É por isso que Jesus, o filho mais altamente consagrado ao Supremo Senhor que a Terra já conheceu, assim se expressou fazendo-nos sentir  que Deus está conosco e espera por nós em todas as circunstâncias: “Todo o bem que fizerdes no mundo ao último dos pequeninos, em verdade, é a mim que o fizestes.” 

Livro: Bençãos de Amor
Chico Xavier/Espíritos Diversos

Francisco Rebouças

ESPERANÇA

Casemiro Cunha

Repara a luz da esperança
Sempre viva, sempre acesa,
Fulgindo sem descansar
Na bênção da Natureza.

A terra aguarda a semente
E a semente a floração.
Para a vitória do fruto
Em graça, beleza e pão.

O ninho da tempestade,
Ante a fúria que o balança,
Espera, silencioso,
Que o céu retorne à bonança,

Pedras aguardam buril
Para brilharem ditosas,
E o charco espera socorro
Para esmaltar-se de rosas.

O inverno rígido e triste,
Embora a engelhar-se, espera
O sol quente e generoso
Que virá na primavera.

Assim, também no caminho,
Se o pó da mágoa te alcança,
Não te mergulhes na queixa,
Nem percas a confiança.

Há vozes da experiência
Na dor que te dilacera...
Diz a vida: "Ama e confia!"
Diz o tempo: ―Espera, espera‖.

"Para quem cala Deus fala",
Ensina velho rifão.
Espera com Deus, que o tempo
É o mestre do coração.

Livro: Assembleia de Luz
Chico Xavier/Espíritos Diversos

Francisco Rebouças

terça-feira, 18 de outubro de 2016

AMBIÇÃO

Era noite. 
O mentor Silvério Pires recomendou-me esperá-lo por instantes. 
Em seguida, veio a mim explicando: 
Augusto, temos serviço urgente. Venha comigo. Trata-se de um pedido de mãe devotada, em apoio de um filho enfermo. 
Obedeci, de imediato, mesmo porque o orientador é um desses professores diletos a que nos vinculamos por afetuoso reconhecimento. 
Alguns minutos voaram e atingimos um  palacete de primorosa estrutura, cercado por jardins que brilhavam ao luar, dentro da noite. 
Entramos. 
O mentor parecia familiarizado com os mínimos recantos do solar, enriquecido de tapetes e telas raras. 
Em aposento próximo, mobiliado segundo os hábitos portugueses do século XVIII, um homem, aparentando cinqüenta janeiros, escrevia e escrevia... 
Porque estacássemos, de repente, perguntei surpreso ao meu condutor: 
- Onde está o doente? 
O amigo fez um gesto de proteção, sobre a cabeça do homem que me era desconhecido e acentuou: 
- Este é o irmão Celestino que nos requisita assistência. 
Fitei o desconhecido, da cabeça aos pés e não lhe notei qualquer anormalidade. 
Entretanto, o mentor solicitou-me: 
- Tome papel e lápis e copie a carta em andamento.Trata-se de um estudo que nos cabe fazer. 
Sem vacilar, passei a escrever o texto que o desconhecido produzia à nossa frente. 
Era uma carta que ele provavelmente endereçava a algum irmão distante, e assim dizia: 
"Meu caro Aprígio: 
Segure os cinqüenta mil sacos de arroz no armazém número dois e aguardemos mais preço. Os dez mil litros de óleo para cozinha, mantenha você em estoque e os dois mil sacos de café em grão guarde no armazém quatro. Não venda bulhufas. Mais algumas semanas e estaremos numa boa. Tudo isso terá preços altos, nos próximos dias. 
E olhe: Não dê migalha alguma a ninguém. Religiosostêm vindo aqui a me pedir socorro. Dizem que os tutelados deles estão em carência.Até freiras já vieram aqui com petitórios. 
Não atenda a ninguém se você for procurado. Esse negócio de religião e caridade já era. Um certo amigo chegou a me dizer que a minha fazenda pela qual suei tanto, pertence a Deus e a mim, que eu não passo de sócio. Eu queria que esse  maluco visse os meus terrenos quando Deus estava aqui trabalhando sozinho. Era mato e cobras em  toda parte. Fique tranqüilo e nada de coração mole. Espero estar aí na próxima semana. 
Até quinta-feira. 
Um abraço do seu irmão Celestino" 
Celestino, pois esse era o nome de nosso anfitrião,colocou a caneta em lugar adequado e, logo após, levou a mão ao peito. Gemia. Afigurava-se-me que ele sentia muita dor. 
Em dado momento, pressionou o botão de uma campainha e estirou-se em larga poltrona. 
Um servidor apareceu. 
Celestino pediu um coronário-dilatador e a presençado seu médico particular. 
O cardiologista surgiu com presteza e determinou a remoção do doente para um hospital. 
Pires sentenciou: 
- Devemos acompanhá-lo. Esta é a última noite de nosso amigo na vida física. 
Internado, Celestino estava submetido a minuciosos exames. 
Silvério se dispôs à retirada e disse-me simplesmente; 
- Veja você. Tanta ambição e dentro de poucas horaso nosso amigo estará desencarnado, sob a suspeita de enfarte. Amanhã viremos buscá-lo. 
Nada mais acrescentou e eu fiquei a meditar sobre a lição recebida. 

Livro: Fotos da Vida
Chico Xavier/Augusto Cezar

Francisco Rebouças

Acorda e ajuda

“Segue-me e deixa aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos.” – Jesus. (Mateus, 8:22.) 

Jesus não recomendou ao aprendiz deixasse “aos cadáveres o cuidado de enterrar os cadáveres”, e sim conferisse“aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos”. 

Há, em verdade, grande diferença. 

O  cadáver  é  carne  sem  vida,  enquanto  que  um  morto  é alguém que se ausenta da vida. 

Há  muita  gente  que  perambula  nas  sombras  da  morte sem morrer. 

Trânsfugas  da  evolução,  cerram-se  entre  as  paredes  da  própria mente, cristalizados no egoísmo ou na vaidade,negando-se a partilhar a experiência comum. 

Mergulham-se em sepulcros de ouro, de vício, de amargura e ilusão. Se vitimados pela tentação da riqueza, moram em túmulos de cifrões; se derrotados pelos hábitos perniciosos, encarceram-se em  grades  de  sombra;  se  prostrados  pelo  desalento, dormem no pranto da bancarrota moral, e, se atormentados pelas mentiras com que envolvem a si mesmos, residem sob as lápides, dificilmente permeáveis, dos enganos fatais. 

Aprende a participar da luta coletiva. 

Sai, cada dia, de ti mesmo e busca sentir a dor do  vizinho, a necessidade  do  próximo,  as  angústias  de  teu  irmão  e ajuda quanto possas. 

Não te galvanizes na esfera do próprio “eu”. 

Desperta  e  vive  com  todos,  por  todos  e  para  todos, porque ninguém respira tão-somente para si. 

Em  qualquer  parte  do  Universo,  somos  usufrutuários  do esforço e do sacrifício de milhões de existências. 
Cedamos algo de nós mesmos, em favor dos outros, pelo muito que os outros fazem por nós. 

Recordemos, desse modo, o ensinamento do Cristo. 

Se encontrares algum cadáver, dá-lhe a bênção da sepultura, na relação  das  tuas  obras  de  caridade,  mas,  em  se  tratando da jornada espiritual, deixa sempre “aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos”. 

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

domingo, 16 de outubro de 2016

Vida Feliz

XX

Jamais te comprazas no mal feito.

Concede-te o direito de errar, porém, exige-te o dever de corrigir.

O azedume, a ira, a violência, devem ceder-te lugar à alegria, à bondade, à paz.

Reencarnaste para crescer e ser feliz.

Abandona os caminhos da viciação emocional e galga os degraus que te alçarão ao patamar da vitória sobre ti mesmo.

Quem não doma as más inclinações, torna-se vítima do desregramento a que elas conduzem.

Livro: Vida Feliz
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis

Francisco Rebouças

Em parceria com a Espiritualidade

“Portanto, tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também vós a eles, porque esta é a Lei e os Profetas”. Jesus (MATEUS, 7:12.)
Bem entendido precisa ficar para todos nós que, da mesma forma que buscamos a ajuda nessa ou naquela situação de aflição ou dificuldade em que carecemos da intervenção dos servidores da Verdade Divina, isto é, ação dos diletos emissários de Jesus em nosso favor, necessário saber que da mesma forma, eles nos solicitam o auxilio fraterno para espalharem com nosso concurso mais luz no engrandecimento comum. É justo não esquecer essa verdade.
A doutrina espírita não nos apresenta simplesmente o doce conteúdo de sua mensagem consoladora e esclarecedora em estímulo à pratica do bem, mas também destaca a necessidade do trabalho de burilamento que precisamos empreender em nosso próprio benefício. E para isso contempla-nos com infinitas modalidades de serviços, em cujas atividades não podemos prescindir do apoio recíproco, no fortalecimento da renovação.
Quando o Consolador surgiu, codificado por Allan Kardec, não compreendemos, inicialmente, a sublimidade de sua finalidade e de seus princípios e, por isso mesmo, movimentávamos entre a curiosidade e o deslumbramento, esquecidos da responsabilidade e do dever de todo aquele que se declara seu seguidor. Mas agora 159 anos de seu aparecimento no mundo, é imperioso reconhecer a necessidade do estudo sério, constante e aprofundado do seu conteúdo a fim de melhor proceder na divulgação e vivência fidedigna de seus postulados para que não percamos de vista os seus sagrados objetivos.
Torna-se urgente entender, que as nossas linhas de ação se interpenetram com responsabilidades e obrigações para todos. E que os mensageiros celestes que laborando no plano espiritual, não podem ser confundidos como se fossem Seres especiais portadores de privilégios, na seara de Jesus. São, em verdade, nossos irmãos com maior soma de conhecimentos e experiências, constituindo conosco o exército de trabalhadores convocados ao reajustamento espiritual da Humanidade.
“Os obreiros da Espiritualidade movimentam-se e ajudam, devotados e operosos; contudo, em suplicando o socorro alheio, não nos cabe olvidar o socorro que podemos prestar por nós mesmos. 
É indispensável acionar as possibilidades da nossa cooperação fraterna, os recursos ainda que reduzidos de nossa bolsa, o nosso concurso pessoal, o nosso suor e as nossas horas, a benefício daqueles que a sabedoria Divina situou em nossa estrada para testemunharmos a própria fé. 
Diante da turba faminta, ouvindo as alegações dos discípulos que lhe solicitavam a atenção para as necessidades do povo, disse-lhes o Senhor: 
– ‘Dai-lhes vós, de comer…’.
E os discípulos angariaram diminuta porção de alimentos, antes que o Mestre a convertesse em pão para milhares. 
A lição é expressiva. 
Não basta rogar a intervenção do céu, em favor dos outros, com frases bem feitas, a fim de que venhamos a cumprir o nosso dever cristão. Antes de tudo, é necessário fazer a nossa parte, quanto nos seja possível, para que o bem se realize, de modo a entrarmos em sintonia com os poderes do bem eterno”. (1)
Concedem-nos, em nome de Deus, infinitas oportunidades de servir na luta benemérita, aguardando-nos a boa vontade, na execução da parte que nos cabe realizar na difusão da Boa Nova de luz em direção à paz e a felicidade tão almejada. Aclaram-nos para a observação de que os dogmas cristalizaram os impulsos embrionários da fé cega; a indiferença e a preguiça congelaram preciosas oportunidades de desenvolvimento e progresso em toda parte e em todos os séculos.
Urge que nosso espírito de fraternidade se manifeste através do impulso positivo de nossa vontade, à procura da verdade através do exercício da boa relação de convivência com nosso semelhante, testemunhando nossa fé através das obras edificantes em prol do nosso melhoramento moral e de todos que conosco caminham, sabendo de antemão que nossas construções positivas no bem, são grandes pela essência divina que expressam. Um simples gesto de humilde opera “milagres de solidariedade”. Uma simples palavra costuma apagar o incêndio emotivo, prestes a converter-se em conflito integral de proporções inimagináveis.
Onde quer que nos encontremos, somos solicitados pela bondade divina a participar desse concerto divino para restaurar as bases da dignidade e da moralidade na vida terrena, e nossa atitude, antes de tudo, deve ser o da renovação mental, sob a inspiração do Evangelho de Jesus quando nos ensina “amai-vos uns aos outros”. Para isso, precisaremos estar sempre atentos, vigiando e orando como Ele nos recomendou, porque no atual estado de imperfeição estaremos quase sempre envolvidos pelas arremetidas da sombra.
Nossa meta principal deve ser a renovação de nosso ponto de vista, no esforço que haveremos de empreender, na renovação do Ser Imortal abafando os impulsos irracionais do homem velho, deixando brotar em nosso imo o Homem novo, modificado, disposto a levar adiante a tarefa essencial da reforma íntima, tornando-nos homens de bem, fugindo das ciladas sutis do mal, pelos grilhões do ódio, pelo venenoso visco da discórdia e pelos tóxicos da incompreensão.
É chegado o tempo de ofertarmos nossa contribuição, no sentido de levar a efeito os sábios ensinos da Boa-nova, na implantação dos princípios superiores, na prática da verdadeira caridade que deve ser oferecida em todas as direções, onde a necessidade se fizer presente, sem levar em conta a opção religiosa do necessitado de auxílio, sem qualquer outra exigência descabida, pois o Reino de Deus não se conquista com aparências exteriores.
Francisco Rebouças
Referências Bibliográficas:
(1) Xavier, Francisco Cândido, pelo espírito Emmanuel. Livro: Palavras de Vida Eterna, Cap. 11.
“Portanto, tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também vós a eles, porque esta é a Lei e os Profetas”. Jesus (MATEUS, 7:12.)
francisco_rebouçasBem entendido precisa ficar para todos nós que, da mesma forma que buscamos a ajuda nessa ou naquela situação de aflição ou dificuldade em que carecemos da intervenção dos servidores da Verdade Divina, isto é, ação dos diletos emissários de Jesus em nosso favor, necessário saber que da mesma forma, eles nos solicitam o auxilio fraterno para espalharem com nosso concurso mais luz no engrandecimento comum. É justo não esquecer essa verdade.
A doutrina espírita não nos apresenta simplesmente o doce conteúdo de sua mensagem consoladora e esclarecedora em estímulo à pratica do bem, mas também destaca a necessidade do trabalho de burilamento que precisamos empreender em nosso próprio benefício. E para isso contempla-nos com infinitas modalidades de serviços, em cujas atividades não podemos prescindir do apoio recíproco, no fortalecimento da renovação.
Quando o Consolador surgiu, codificado por Allan Kardec, não compreendemos, inicialmente, a sublimidade de sua finalidade e de seus princípios e, por isso mesmo, movimentávamos entre a curiosidade e o deslumbramento, esquecidos da responsabilidade e do dever de todo aquele que se declara seu seguidor. Mas agora 159 anos de seu aparecimento no mundo, é imperioso reconhecer a necessidade do estudo sério, constante e aprofundado do seu conteúdo a fim de melhor proceder na divulgação e vivência fidedigna de seus postulados para que não percamos de vista os seus sagrados objetivos.
Torna-se urgente entender, que as nossas linhas de ação se interpenetram com responsabilidades e obrigações para todos. E que os mensageiros celestes que laborando no plano espiritual, não podem ser confundidos como se fossem Seres especiais portadores de privilégios, na seara de Jesus. São, em verdade, nossos irmãos com maior soma de conhecimentos e experiências, constituindo conosco o exército de trabalhadores convocados ao reajustamento espiritual da Humanidade.
“Os obreiros da Espiritualidade movimentam-se e ajudam, devotados e operosos; contudo, em suplicando o socorro alheio, não nos cabe olvidar o socorro que podemos prestar por nós mesmos. 
É indispensável acionar as possibilidades da nossa cooperação fraterna, os recursos ainda que reduzidos de nossa bolsa, o nosso concurso pessoal, o nosso suor e as nossas horas, a benefício daqueles que a sabedoria Divina situou em nossa estrada para testemunharmos a própria fé. 
Diante da turba faminta, ouvindo as alegações dos discípulos que lhe solicitavam a atenção para as necessidades do povo, disse-lhes o Senhor: 
– ‘Dai-lhes vós, de comer…’.
E os discípulos angariaram diminuta porção de alimentos, antes que o Mestre a convertesse em pão para milhares. 
A lição é expressiva. 
Não basta rogar a intervenção do céu, em favor dos outros, com frases bem feitas, a fim de que venhamos a cumprir o nosso dever cristão. Antes de tudo, é necessário fazer a nossa parte, quanto nos seja possível, para que o bem se realize, de modo a entrarmos em sintonia com os poderes do bem eterno”. (1)
Concedem-nos, em nome de Deus, infinitas oportunidades de servir na luta benemérita, aguardando-nos a boa vontade, na execução da parte que nos cabe realizar na difusão da Boa Nova de luz em direção à paz e a felicidade tão almejada. Aclaram-nos para a observação de que os dogmas cristalizaram os impulsos embrionários da fé cega; a indiferença e a preguiça congelaram preciosas oportunidades de desenvolvimento e progresso em toda parte e em todos os séculos.
Urge que nosso espírito de fraternidade se manifeste através do impulso positivo de nossa vontade, à procura da verdade através do exercício da boa relação de convivência com nosso semelhante, testemunhando nossa fé através das obras edificantes em prol do nosso melhoramento moral e de todos que conosco caminham, sabendo de antemão que nossas construções positivas no bem, são grandes pela essência divina que expressam. Um simples gesto de humilde opera “milagres de solidariedade”. Uma simples palavra costuma apagar o incêndio emotivo, prestes a converter-se em conflito integral de proporções inimagináveis.
Onde quer que nos encontremos, somos solicitados pela bondade divina a participar desse concerto divino para restaurar as bases da dignidade e da moralidade na vida terrena, e nossa atitude, antes de tudo, deve ser o da renovação mental, sob a inspiração do Evangelho de Jesus quando nos ensina “amai-vos uns aos outros”. Para isso, precisaremos estar sempre atentos, vigiando e orando como Ele nos recomendou, porque no atual estado de imperfeição estaremos quase sempre envolvidos pelas arremetidas da sombra.
Nossa meta principal deve ser a renovação de nosso ponto de vista, no esforço que haveremos de empreender, na renovação do Ser Imortal abafando os impulsos irracionais do homem velho, deixando brotar em nosso imo o Homem novo, modificado, disposto a levar adiante a tarefa essencial da reforma íntima, tornando-nos homens de bem, fugindo das ciladas sutis do mal, pelos grilhões do ódio, pelo venenoso visco da discórdia e pelos tóxicos da incompreensão.
É chegado o tempo de ofertarmos nossa contribuição, no sentido de levar a efeito os sábios ensinos da Boa-nova, na implantação dos princípios superiores, na prática da verdadeira caridade que deve ser oferecida em todas as direções, onde a necessidade se fizer presente, sem levar em conta a opção religiosa do necessitado de auxílio, sem qualquer outra exigência descabida, pois o Reino de Deus não se conquista com aparências exteriores.
Referências Bibliográficas:
(1) Xavier, Francisco Cândido, pelo espírito Emmanuel. Livro: Palavras de Vida Eterna, Cap. 11.
Francisco Rebouças

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

CREDO DA JUVENTUDE ESPÍRITA CRISTÃ

NINA ARRUEIRA 
   Cremos que Deus é o Nosso Pai de Infinita Perfeição, a cuja sabedoria não escapa o número de nossos cabelos e cuja bondade não é indiferente à queda de um passarinho. 
   Cremos que Jesus é nosso Divino Mestre e que o Evangelho é a  Lei de Amor e Trabalho, pela qual devemos orientar a experiência de cada dia. 
   Cremos que a existência na Terra é divino aprendizado, em que grupos e pessoas se conservam no lugar que lhes é próprio, com obrigações de melhoria e respeito mútuo. 
   Cremos em nossa destinação para o bem, ainda mesmo quando o mal nos envolva em sua rede sombria. 
   Cremos no direito natural de todas as criaturas ao trabalho digno. 
   Cremos que a boa vontade, no esforço mais nobre que possamos desenvolver, é o primeiro passo em nossa jornada de elevação. 
   Cremos que o homem pode converte-se em instrumento de forças do bem ou do mal que elege por bússola da própria existência. 
Cremos na justiça harmoniosa e permanente que retribui a cada um de acordo com as próprias obras, na carne ou na morte, agora ou depois, aqui ou além. 
   Cremos que o tempo é um empréstimo sagrado do Senhor para que, amparados no conselho dos homens respeitáveis que nos antecederam, possamos semear a fraternidade e a paz com todos, através da tarefa que fomos chamados a 
desempenhar, aperfeiçoando assim, as nossas tendências e qualidades na direção da 
vida superior. 
   Cremos na proteção dos Mensageiros Celestes que sustentam o progresso no mundo, sob o patrocínio de Jesus Cristo, e acreditamos em nossa capacidade individual construtiva, na sementeira de amor e de felicidade, da educação e do aprimoramento, em favor dos outros e de nós mesmos, cabendo-nos o dever de servir, sem exigência ou indisciplina, pela vitória final do bem, hoje e sempre. 

Livro: Doutrina e Vida
Chico Xavier/Espíritos Diversos
Francisco Rebouças

Livro: Emmanuel Cap. IV

IV - A BASE RELIGIOSA 
No futuro, viverá a Humanidade fora desse ambiente de animosidade entre a Ciência e a Religião e julgo mesmo que em nenhuma civilização pode a primeira substituir a segunda. 
Uma e outra se completam no processo de evolução de todas as almas para o Criador e para a perfeição de sua obra. As suas aparentes antinomias, que derivam, na atualidade, da compreensão deficiente do homem, em face dos problemas transcendentes da vida, serão eliminadas, dentro do estudo, da análise e do raciocínio. 
O TÓXICO DO INTELECTUALISMO 
Nos  tempos  modernos,  mentalidades  existem  que  pugnam  pelo desaparecimento  das noções  religiosas  do  coração  dos  homens, saturadas  do  cientificismo  do  século  e trabalhadas  por  idéias excêntricas,  sem  perceberem  as  graves  responsabilidades dos seus  labores  intelectuais,  porquanto  hão  de  colher  o  fruto amargo  das  sementes  que plantaram  nas  almas  jovens  e indecisas.  Pede-se  uma  educação sem  Deus,  o aniquilamento da fé, o afastamento das esperanças numa outra vida, a morte da crença nos poderes de uma providência estranha aos homens. Essa tarefa é inútil. Os que se abalançam a sugerir semelhantes empresas podem ser dignos de respeito e admiração, quando  se  destacam por  seus  méritos  científicos,  mas  assemelham-se  a  alguém que tivesse a fortuna de obter um oásis entre imensos desertos. Confortados e satisfeitos na sua felicidade ocasional, não vêem as caravanas inumeráveis de infelizes, cheias de sede e fome, transitando sobre as areias ardentes. 
EXPERIÊNCIA QUE FRACASSARIA 
O  sentimento  religioso  é  a  base  de  todas  as  civilizações. Preconiza-se  uma  educação pela  inteligência,  concedendo-se liberdade  aos  impulsos  naturais  do  homem.  A experiência fracassaria. É ocioso acrescentar que me refiro aqui à moral religiosa, que deverá  inspirar  a  formação do  caráter  e  do instituto da família e não ao sectarismo do círculo estreito das Igrejas terrestres, que costumam envenenar, aí no mundo, o ambiente das escolas públicas, onde deverá prevalecer sempre o mais largo critério de liberdade de pensamento. Falo do lar e do mundo íntimo dos corações. 
No dia em que a evolução dispensar o concurso religiosos para a solução dos grandes problemas  educativos  da  alma  do  homem, a Humanidade  inteira  estará  integrada  na religião, que é a própria verdade, encontrando-se unida a Deus, pela Fé e pela Ciência então irmanadas. 
A FALIBILIDADE HUMANA 
Em  cada  século  o  progresso  científico  renova  a  sua  concepção acerca  dos  mais importantes problemas da vida. 
Raramente os verdadeiros sábios são compreendidos por seus contemporâneos. Se as contradições dos estudiosos são o sinal de que a Ciência evolve sempre, elas atestam, igualmente, a fraqueza e inconsistência dos seus conhecimentos e a falibilidade humana. 
O SUBLIME LEGADO 
Diz-se  que  o  pensamento  religioso é  uma ilusão. Tal afirmativa carece de fundamento. 
Nenhuma  teoria  científica,  nenhum  sistema  político,  nenhum programa  de  reeducação pode roubar do mundo a idéias de Deus e da imortalidade do ser, inatas no coração dos homens. As ideologias novas também não conseguirão eliminá-la. 
A religião viverá entre as criaturas, instruindo e consolando, como um sublime legado. 
RELIGIÃO E RELIGIÕES 
O que se faz preciso, em vossa época, é estabelecer a diferença entre religião e religiões. 
A  religião  é  o  sentimento  divino  que  prende  o  homem  ao Criador.  As  religiões  são organizações  dos  homens,  falíveis  e imperfeitas  como  eles  próprios;  dignas  de  todo  o acatamento pelo  sopro  de  inspiração  superior  que  as  faz  surgir,  são  como gotas  de orvalho  celeste,  misturadas  com  os  elementos  da  terra em  que  caíram.  Muitas  delas, porém,  estão  desviadas  do  bom caminho  pelo  interesse  criminoso  e  pela  ambição lamentável dos  seus  expositores;  mas  a  verdade  um  dia  brilhará  para todos,  sem necessitar da cooperação de nenhum homem. 
SABEDORIA INTEGRAL E ORDEM INVIOLÁVEL 
Cabe-nos, pois, a nós que depois da morte já não encontramos nenhum ponto de dúvida, exclamar para os que creem e esperam: 
- “Ó irmãos nossos que confiais na Providência Divina, dentro da escuridão do mundo!... 
Do portal de claridade do Além-Túmulo, nós vos estendemos mãos fraternas!... Nossas palavras correm pelo mundo como sopro poderoso de verdades. A morte não existe e o Espírito  é  a  única realidade  imutável  da  existência.  Todas  as  Babilônias  do passado jazem no pó dos tempos, com as suas glórias reduzidas a um punhado de cinzas, mas dentro  do  Universo  mil  laços  nos unem.  Sobre  as  ruínas,  sobre  os  escombros  das civilizações mortas  e  dos  templos  desmoronados,  nós  viveremos eternamente.  Uma justiça soberana, íntegra e misericordiosa, preside aos nossos destinos. Na Terra ou no Espaço,  unamos  os nossos  esforços  pelo  bem  coletivo.  Guardai  convosco  o sagrado patrimônio  das  crenças  porque,  acima  das  coisas transitórias  do  mundo,  há  uma Sabedoria  Integral  e  uma Ordem Inviolável.  Lutemos,  pois,  com  destemor  e  coragem, porque Deus é justo e a alma é imortal. 

Livro: Emmanuel
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel